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28/08/2017

Energia elétrica passa para bandeira amarela

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na última sexta-feira, 25, que as contas de luz mudarão do sistema tarifário de bandeira vermelha para amarela. A alteração representa acréscimo de R$ 2 na tarifa a cada 100 quilowatt/hora (kWh) consumidos. No cenário anterior, o valor era de R$ 3.

Segundo a Aneel, o fator que determinou a bandeira amarela foi a melhora das condições hidrológicas nas regiões Sul e Sudeste, conforme relatório  do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema (ONS).

A carga de energia prevista para o mês que vem no Sistema Interligado Nacional (SIN) será de 65,188 mil megawatts (MW) médios, correspondente a 2,4% de aumento em relação ao registrado em setembro do ano passado. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do país, deve registrar carga de 38.120MW médios, 1,9% maior frente ao verificado no mesmo período de 2016.

O consumidor, no entanto, não se animou muito com o anúncio e continua a reclamar do valor da tarifa. O técnico de informática Éverton da Silva Perez paga em média R$ 75 na conta de luz. Ele mora com a esposa e disse que nos últimos meses a energia têm só aumentado, e que economiza para não pesar ainda mais no bolso. Já a vendedora Dafny Pereira questionou a diminuição de um real, enquanto todos os outros custos aumentam. Ela mora com mais 3 pessoas e costuma pagar, em média, R$ 160.

Para o gerente da Cemig, Alexandre Castro, para uma família média que gasta em torno de 200kWh a diminuição de cerca de R$ 4 não significa, de fato, muita coisa e que quem irá perceber a diferença serão as geradoras, que irão receber menos. Ele disse também que a medida pode ser uma forma de manipular a inflação, uma vez que as chuvas não têm caído o suficiente para a medida ser adotada

De fato, segundo a Aneel, a hidrologia de setembro seguirá desfavorável, ainda que um pouco melhor que a observada em agosto. O volume de água que chegará aos reservatórios das hidrelétricas do país ficará abaixo da média histórica para o mês.

A Energia Natural Afluente (ENA) no Sudeste, que concentra boa parte da capacidade de armazenamento do Brasil, deve alcançar 17.135MW médios, volume que corresponde a 88% da média histórica para o período. Em outras regiões do país, os volumes serão ainda menores, com ENA esperada de 83% da média histórica (10.027MW médios) no Sul, de 57% da MLT (1.151MW médios) no Norte e de apenas 36% no Nordeste (1.088MW médias).

Com chuvas mais fracas ao longo do mês, o nível dos reservatórios deve cair em todos os subsistemas. A Energia Armazenada Máxima (EAR) deve chegar ao fim de setembro em 27,9% no Sudeste, abaixo dos 33,8% verificados na quinta-feira.
 

Via Folhadamanha

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