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15/09/2017

Acusado de estuprar e matar universitária é condenado a 43 anos de prisão em MG

O júri popular do acusado de estuprar e matar a universitária Déborah Oliveira terminou na noite desta quinta-feira (14) em Itajubá (MG) com o anúncio da sentença. Benedito Mauro Divino foi condenado a 43 anos, um mês e 6 dias de prisão pelos crimes de homicídio, estupro e roubo. O crime aconteceu em 2013.

O júri começou na última terça-feira (12) no Fórum de Itajubá e a última sessão terminou por volta das 22h30 desta quinta. Benedito foi julgado por sete pessoas convocadas para o júri, em sessões comandadas pelo juiz Fábio Aurélio Marchello.

Segundo o advogado de defesa, Ângelo Antônio Salomon Adami, ainda durante a noite de quinta foi apresentada a intenção de recorrer da decisão. A defesa agora tem cinco dias para apresentar o recurso.

Relembre o caso

O corpo da universitária foi encontrado com marcas de estrangulamento por volta das 17h30 do dia 15 de agosto de 2013 no 2º piso de uma casa em construção na Rua Alameda Esperança, no Bairro Morro Chic. Conforme a polícia, o local fica próximo ao caminho que a estudante costumava fazer para voltar para casa. Déborah Oliveira estava desaparecida desde a noite do dia 14 de agosto, quando saiu da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), onde estudava, e não foi mais vista. Ainda segundo a polícia, ela foi estuprada e, em seguida, estrangulada.

Deborah era aluna do 2º período de sistemas de informação, na Unifei. Segundo depoimentos de amigos à polícia, a estudante deixou a universidade por volta das 21h20, antes do fim da aula. Ela teria dito que iria embora porque estava cansada e resfriada, e deixou o local a pé.

Conforme a família, diferente do que estava sendo divulgado antes, Déborah teria saído de seu caminho habitual naquele dia. A região é conhecida como Alameda e à noite é praticamente deserta. Segundo moradores, o local é constantemente frequentado por andarilhos e usuários de drogas.

A família já havia feito o boletim de ocorrência informando o desaparecimento da jovem na noite do dia 14, quando ela não chegou em casa. Os familiares ainda tentaram contato com amigos e conhecidos e espalharam cartazes pela cidade com a foto da universitária no dia seguinte.
No momento em que o corpo foi encontrado, um auxiliar de serviços gerais, que antes a polícia acreditava que fosse um andarilho, saía do local. Com ele, os policiais encontraram uma sacola com peças íntimas femininas e uma delas seria de Déborah.

No entanto, diferente do que a polícia acreditava no início, as peças de roupas íntimas encontradas com o suspeito, no momento da prisão dele, não eram da estudante. No final de setembro, cerca de 40 dias após o crime, uma calcinha foi encontrada pela polícia no bolso do casaco que a vítima usava no dia em que foi morta. O principal suspeito do crime, o auxiliar de serviços gerais que ficou preso por 43 dias, foi solto por falta de provas e um novo material foi colhido para o exame de DNA.

Benedito Mauro Divino foi apontado como suspeito de matar Déborah após ter estuprado outra jovem dois meses depois do primeiro crime, durante a saída temporária do presídio. Os exames feitos no material colhido nas jovens confirmaram que são da mesma pessoa.

Universitária foi encontrada estrangulada em construção em Itajubá (Foto: Reprodução EPTV)
Universitária foi encontrada estrangulada em construção em Itajubá (Foto: Reprodução EPTV)

 

Via G1/Suldeminas

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