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04/10/2017

Ministério Público pede interdição parcial do presídio de Alfenas por super lotação

O Ministério Público de Minas Gerais enviou à Justiça um pedido de interdição parcial do presídio de Alfenas (MG). A solicitação foi feita devido a superlotação que o presídio enfrenta, já há mais que o dobro de presos suportados pela capacidade do local. Hoje, o local abriga 521 presos, mas a capacidade é de 196. O documento também aponta que faltam condições estruturais e administrativas eficientes.

A 5ª Promotoria de Justiça de Alfenas solicita que:

Não sejam recebidos novos presos no local

Seja realizada a transferência de detentos para outras unidades em até seis meses

Se não for possível atender a este pedido, o MP pede que o presídio pare de receber presos de outras comarcas

E reduza a população carcerária de Alfenas para, no máximo, 295 presos

Equipes técnicas elaboraram um relatório feito após visitas ao presídio que apontou problemas de superlotação em 24 celas. O presídio de Alfenas teve um aumento na superlotação principalmente quando as unidades de Poços de Caldas, São Lourenço e Varginha foram impedidas pela justiça de receber novos detentos.

Segundo o pedido do Ministério Publico, a superlotação traz problemas como entrada de drogas, celulares, desconforto, condições inadequadas de higiene, além do risco para a segurança pública da região.

Ministério Público pede interdição parcial do presídio de Alfenas por super lotação
Ministério Público pede interdição parcial do presídio de Alfenas por super lotação

O promotor de Justiça Frederico Carvalho de Araújo mostrou preocupação também com o número insuficiente de agentes no presídio. "São 65 agentes e vários deles tomaram posse recentemente e ainda não estão habilitados para a realização de tarefas como escolta e segurança das guaritas. Isso compromete a segurança e sobrecarrega o trabalho daqueles que realizam essas tarefas mais perigosas".

O Ministério Público agora espera a resposta da Justiça para o pedido.

Via G1/SuldeMinas

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