Adolescente é espancado em lanchonete após reclamar de hambúrguer
Um adolescente de 16 anos foi espancado, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, após resolver reclamar de um hambúrguer que não havia sido entregue no ponto solicitado. Acompanhado do pai, o jovem foi pedir ressarcimento por conta da carne, que estava crua, e acabou sendo jogado no chão e agredido dentro da lanchonete.
Segundo o pai do adolescente, Renato Costa, de 51 anos, ele e o filho ligaram na hamburgueria pedindo dois sanduíches. Após alguns minutos, o pedido foi entregue e devidamente pago.
"Quando fomos comer, a carne do lanche do meu filho estava totalmente crua. Nós não tinhamos pedido dessa forma e ele decidiu não comer", explica.
Por conta do erro, a mãe do jovem resolveu ligar para o local solicitando o ressarcimento do valor do lanche, que custou R$ 26. "Quem atendeu o telefone foi o proprietário. Ele foi muito ríspido com a minha mulher e disse que não devolveria o nosso dinheiro. Chamei o meu filho e decidimos ir ao local pedir o dinheiro de volta", conta Costa.
Chegando ao estabelecimento, o técnico em telecomunicações conta que o proprietário cortou o hambúrguer no meio e continuou dizendo que não devolveria o dinheiro. Segundo Renato, o dono da hamburgueria, Maurício Henrique de Silva, de 42 anos, começou a xingá-lo. “Ele começou a me agredir verbalmente e eu revidei”, revela.
Menino foi arrancado do carro e agredido por sócios do estabelecimento. (Foto: G1 Santos) Menino foi arrancado do carro e agredido por sócios do estabelecimento. (Foto: G1 Santos)
Menino foi arrancado do carro e agredido por sócios do estabelecimento. (Foto: G1 Santos)
Renato diz que depois da confusão, Maurício concordou em devolver o dinheiro do lanche. Mas, quando ele já estava entrando no carro para ir embora do estabelecimento, dois sócios da hamburgueria o seguraram, enquanto o dono arrancou seu filho de dentro do carro, jogou o adolescente no chão e começou a bater nele.
A Polícia Militar foi chamada para atender a ocorrência e encaminhou todos os envolvidos à Delegacia de Praia Grande. “Eu vou processá-lo pelo o que ele fez. Meu filho é menor de idade. É assim que ele trata os clientes dele? Ele já fez o corpo de delito e entramos em contato com um advogado”, finaliza Renato.
Outro lado
O G1 conversou, na manhã desta quarta-feira (25), com Maurício Henrique da Silva, proprietário da lanchonete. Ele confirmou que o jovem realmente foi espancado mas, garante, não participou da confusão. Segundo Silva, um cliente teria atacado o adolescente. "Não tenho sócios. O comércio é da minha mulher. Tenho provas de que não agredi essa pessoa", conta.
De acordo com ele, o hambúrguer realmente foi o motivo de toda a confusão. Ele afirma que, quando a esposa do Renato ligou para reclamar do lanche, já estava tentando arrumar confusão com os proprietários. "Ela já começou a conversa exaltada, disse que eu tinha que fechar o estabelecimento, que a comida era um lixo e me xingou", revela.
Maurício conta ainda que, quando Renato e o filho chegaram ao local, ele pediu para conferir e repartiu o sanduíche ao meio com as mãos. “Conferi que o lanche não estava malpassado, mas disse que devolveria o dinheiro numa boa”.
Segundo o proprietário da lanchonete, a confusão começou logo depois. Renato teria iniciado uma discussão com um cliente, que acabou se transformando em agressão física. "Eu não sei o que ele falou para o cliente ou o que o cliente falou pra ele, mas os dois começaram a brigar e eu só tentei apartar a briga. Vou provar isso", finaliza.
O caso foi registrado na Delegacia Sede de Praia Grande. A polícia deve solicitar as imagens de monitoramento do estabelecimento, nas próximas horas, para esclarecer como a briga realmente começou. Novos depoimentos devem ser colhidos durante toda a quarta-feira.
Via G1
