Preço do gás tem o quinto aumento

Embora o aumento no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial já não seja mais surpresa para os brasileiros, o porcentual divulgado é sempre motivo de preocupação para alguns. Dessa vez, conforme anunciado pela Petrobras, a partir deste domingo, 5, o preço do botijão de 13 quilos foi elevado em 4,5%. Somente esse ano, segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível), o preço médio do conhecido gás de cozinha aumentou cinco vezes consecutivas, podendo ultrapassar R$80,00 entre os estabelecimentos passenses atualmente.

De acordo com a estatal, o reajuste foi ocasionado, principalmente, pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais e também, influenciado pela conjuntura externa, pela proximidade do inverno no Hemisfério Norte e pela variação do câmbio. Frente ao novo cenário, caso as distribuidoras decidam repassar integralmente o aumento ao consumidor final, o mesmo precisará desembolsar cerca de R$1,21 a mais por unidade.

Inconformada com o novo aumento, a dona de casa e mãe de quatro filhos, Joana Aparecida Silveira, afirmou não saber o que fazer para o seu gás durar mais. “Faço, no mínimo, quatro refeições ao dia e para toda a minha família. Não existe ainda uma fórmula mágica para cozinhar arroz, carne ou feijão sem acender o fogão e ao mesmo tempo também, não existe uma fórmula mágica para aumentar o nosso orçamento e não sentir os reflexos de todos esses aumentos”, lamentou.

Uma das alternativas encontradas por Joana nos últimos meses devido aos constantes aumentos, foi o uso mais frequente do micro-ondas, atividade que, segundo ela, tem valido a pena. “Antigamente a conta que mais me assustava era a de energia, mas como temos consciência do valor de tudo dentro de casa, somos mais controlados nos banhos, não ligamos tantas vezes o ferro de passar e nem mesmo a máquina de lavar roupas. Com essas ações, que apenas parecem simples, a conta não nos assustou mais, mesmo que o micro-ondas esteja sendo o aparelho mais usado”, garantiu.

Preço do gás tem o quinto aumento

Região

Assim como a dona de casa, o vendedor Alan Gonçalves busca maneiras de economizar, no entanto, a alternativa mais viável, segundo ele, é comprar os botijões nas cidades vizinhas, como Alpinópolis e Itaú de Minas. De acordo com Alan, a diferença de aproximadamente R$15,00 no produto adquirido em outras cidades é superior ao combustível gasto na viagem.

Segundo o motorista, que garantiu ter realizado diversas pesquisas de preços, o valor passense continua sendo o mais alto da região devido ao cartel formado no mercado de revenda e distribuição do produto. “Fica nítido como funciona o sistema aqui na cidade, se não fosse essa prática dos responsáveis, o consumidor não precisaria pagar mais caro e nem sair da sua cidade para buscar um produto mais em conta. Para acabar com esse desrespeito, todos deveriam fazer como eu e parar de comprar de quem tanto abusa de nós”, finalizou.

Via Folhadamanha