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07/11/2017

Interdição da balsa prejudica moradores de Guapé

A população de Guapé está passando por sérios problemas devido à interdição da balsa que liga a cidade a Capitólio ocorrida no último sábado, 4, devido a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) por estar sem os documentos necessários regularizados. Outra embarcação que poderia ajudar na situação está em reformas há mais de 90 dias, o que extrapola o prazo inicial determinado por Furnas.

Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Antônio Simoned de Souza, os problemas que a interdição causa aos cidadãos são muitos, porém alguns são extremamente graves. “Entre as consequências mais graves trazidas por essa interdição da balsa é que os alunos de Araúna não conseguem fazer a travessia e assim estão sem ter aulas, pois essa é a única forma de acesso entre os municípios. Atualmente são quase 50 estudantes impossibilitados de atenderem a escola. Os professores também ficam sem poder dar aulas”, esclareceu o secretário.

Ainda de acordo com Souza, a interdição ocorreu devido a documentos irregulares da embarcação. “A documentação que está irregular é de responsabilidade de Furnas. Já estamos em contato com a central da empresa, no Rio de Janeiro, e o prazo que nos deram é de até esta terça-feira, 7, estar tudo resolvido. No entanto, não podemos garantir nada por terceiros. Mas esperamos que a situação se resolva o mais breve possível”, disse ele.

O secretário também reclama que a balsa Harmonia, que poderia ajudar a amenizar os problemas da interdição, foi colocada em reforma por Furnas há 90 dias e ainda não existe previsão de quando estará disponível para uso novamente. Souza afirma que a empresa havia inicialmente pedido um prazo de 70 dias para reformar a balsa, porém esse prazo já foi muito
extrapolado.

“Até o momento a única coisa que fizeram na embarcação foi iniciar o corte das chapas para reforma, o que não representa mais do que 10% de toda a execução. A embarcação ficar fora de circulação tem atrapalhado muito os munícipes. Se estivesse funcionando, essa interdição teria um impacto bem menor”, reclamou o secretário.

Além dos alunos, pessoas que trabalham em Capitólio tem precisado fazer uma volta muito extensa para conseguir chegar aos seus locais de trabalho.

A assessoria de comunicação da Eletrobras Furnas, que gerencia balsas, e foi informada que a existência do TAC é inverídica e esclareceu a situação através de nota. Segundo a empresa, “não procede a informação de que existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), uma vez que a empresa sempre cumpriu com os termos do convênio estabelecido com a Prefeitura de Guapé. A volta da operação da balsa São Francisco depende de vistoria obrigatória para emissão de documentos necessários que será realizada por empresa já contratada e certificada pela Marinha do Brasil”.

A nota ainda ressalta que a cessão das balsas é de responsabilidade de Furnas, e a empresa também fica responsável pela manutenção mecânica das embarcações, cabendo a gestão e operação às administrações municipais.

Interdição da balsa prejudica moradores de Guapé
Interdição da balsa prejudica moradores de Guapé

 

Via Folhadamanha

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