O ex-prefeito de Passos (MG) Ataíde Vilela passou a ser considerado foragido da Justiça. O político foi preso no dia 9 de novembro, durante a Operação Purgamentum, mas conseguiu um habeas corpus e deixou a prisão no dia 15, mas dois dias depois um novo mandado de prisão preventiva foi expedido e o ex-prefeito não foi mais encontrado.
A Polícia Civil informou que já fez buscas em todos os endereço fornecidos por Ataíde Vilela durante as investigações, mas não obteve sucesso. A Polícia Federal foi informada e monitora a situação para evitar que o ex-prefeito deixe o país.
Procurados pela EPTV Sul de Minas, familiares não quiseram comentar o caso. O advogado de Ataíde Vilela, Bernardo Simões Coelho, voltou a afirmar que a defesa não teve não teve contato com o político desde a emissão do mandado de prisão.
Operação Purgamentum
A ação comandada pelo Ministério Público de Passos e de Ribeirão Preto (SP) investiga fraudes em contratos com empresas de coleta de lixo e limpeza urbana. A operação prendeu oito pessoas em Passos e mais envolvidos em seis cidades do interior de São Paulo – entre elas, a ex-secretária de Obras, Habitação e Serviços Urbanos de Passos, Sônia Maria de Oliveira.
Foram cumpridos 15 mandados de prisão, 44 de busca e apreensão e 11 conduções coercitivas. Os mandados foram expedidos pelas Varas Judiciais em Passos e Ribeirão Preto, com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais e da Polícia Militar de São Paulo.
Segundo o Ministério Público, todos os presos estavam envolvidos em fraudes nos contratos e favorecimento de empresas de limpeza urbana. Ainda de acordo com o órgão, nas próximas fases da investigação serão avaliadas as movimentações financeiras dos investigados.
Além das licitações, parte dos crimes aconteciam de três maneiras: primeiro no favorecimento da licitação da coleta de lixo. Depois, na adulteração da balança, sempre constando pesos a mais. Por último, na pesagem de caminhões com a mesma carga. A balança ficava a cerca de 10 Km do aterro.
O mesmo caminhão pesava com a mesma carga duas ou três vezes ao dia. A prefeitura pagava a empresa por toneladas de lixo recolhido.
A a investigação começou na 7ª Promotoria de Passos e se estendeu ao Estado de São Paulo há aproximadamente cinco meses, com apoio das unidades do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Ribeirão Preto, Campinas e São José do Rio Preto (SP).
Via G1/Suldeminas