Justiça de Poços de Caldas (MG) proibiu a realização da festa "As 5 Mais " marcada para este sábado (27) na cidade. A decisão é do juiz da 2ª Vara Criminal da Infância e Juventude, José Henrique Malman, e saiu na tarde desta quinta-feira (25). O evento já havia sido cancelado na semana passada por causa do mau tempo.
No documento, o juiz afirma que mesmo diante da autorização para acontecer, a organização do evento "As 5 Mais" enganou a confiança do juízo ao permitir que maiores e menores de idade ficassem no mesmo ambiente onde as bebidas alcoólicas foram distribuídas para "quem quisesse" e que ele não acredita que dessa vez será diferente.
Diante disso, o Corpo de Bombeiros cancelou a liberação do alvará, mesmo com a documentação correta apresentada pelos organizadores. Com a decisão da Justiça, a licença não será mais concedida.
“Se a empresa organizadora quiser continuar o tramite, por estar legal perante à legislação, nós até podemos fazer a vistoria, porém nós não vamos liberar o evento em detrimento dessa determinação judicial pedido para o Corpo de Bombeiros não deixar que o evento se realize”, disse Enio Virgílio Martins de Souza, tenente do Corpo de Bombeiros.
Já a organização afirma que cerca de 10 mil ingressos, no valor de R$ 100 foram vendidos. A programação tem confirmada a apresentação do grupo Molejo, MC Koringa, Bruninho e Davi. Os organizadores recorreram da decisão do juiz Malman.
“A gente já está recorrendo lá em BH e aguardando a resposta que deve chegar no meio da tarde. A gente que trabalha, a nossa equipe, os seguranças, barman, a galera da limpeza, muita gente que está envolvida vai ser prejudicada”, disse Bruno Fonseca, um dos organizadores.
Nas redes sociais, muita gente questionou sobre a devolução do valor dos convites, caso a festa realmente não aconteça. A prefeitura municipal também divulgou uma nota pública, já que a empresa foi notificada para suspender a venda de ingressos e deve informar prazos para a devolução do dinheiro dos convites comprados.
A organização do evento ainda aguarda a decisão da Justiça em segunda instância, em Belo Horizonte. Caso o cancelamento seja mantido, a organização vai se reunir com os advogados para que ninguém seja prejudicado.
"Na verdade se não for realizado o evento, a partir de segunda-feira (29) a organização deve providenciar a devolução do dinheiro. Caso isso não ocorra, aqueles que compraram o ingresso têm o direito de procurar o Procon para solicitar esse ressarcimento. Caso não ocorra mesmo assim, ai terão que procurar o Poder Judiciário para a devolução do numerário", explicou Fábio Camargo de Souza, coordenador do Procon.
Via G1/Suldeminas